Após a grande repercussão de um episódio, onde uma professora é suspeita de agredir uma aluna da APAE de Irati, inclusive registrado por câmeras de segurança, a reportagem da Rádio Alvorada, entrou em contato com a defesa da funcionária, confira a nota na integra.

 

À RÁDIO ALVORADA

CLEONICE APARECIDA ALESSI GLINSKI, brasileira, filha de José Alessi e Ana Juvira Alessi, nascida aos 09/04/1963, vem por intermédio de seu corpo jurídico, exercer seu DIREITO DE RESPOSTA às situações trazidas a público através de reportagens envolvendo seu nome e imagem, publicadas desde a data de 27/05/2024.

Antes de mais nada, a Manifestante expressa sua gratidão e reconhecimento para com a lisura deste órgão de imprensa, o único que até o presente momento, em caráter nacional, agiu de modo a respeitar o dever de informação, sem descuidar do direito à oitiva de todos os envolvidos, procedendo com lisura e imparcialidade. Nada obstante a isso, as abordagens adotadas por outros órgãos da imprensa estão tendo caráter acusatório (embora não tenha havido sequer conclusão de fase investigativa, quem dirá julgamento pelo órgão competente, quer seja, o Poder Judiciário), já que ao serem conduzidas e comentadas pelos profissionais que as apresentam, são empregados termos que levam o público a crer que a manifestante de fato cometeu crime em desfavor da Aluna.

Antes de mais nada, é de se colocar que a manifestante está extremamente abalada com a reação pública agressiva, causada sobremaneira pela forma como tais abordagens (não desta Rádio Alvorada), notadamente as apresentações, trazem a informação ao público. Por isso, não está em condições de pronunciar-se pessoalmente. Porém, é fato que até o presente momento, todas as abordagens, à exceção desta Rádio, estão se dando de forma extremamente simplista, superficial e fora de contexto.

Cleonice é pedagoga com mais de 26 anos de atuação junto à APAE de Irati, contra quem jamais houve qualquer apontamento negativo que fosse. É esposa, mãe e profissional de conduta irretocável. Acerca da aluna, que é portadora de diversos transtornos, empreendia fuga no momento em que foi contida pela professora, evitando um mal maior, já que a APAE RURAL está localizada na beira de estrada de grande circulação, além de haver tanques e locais onde uma aluna em surto pode sofrer lesões.

Não existiu em momento nenhum, intenção de maltratar e sim, apenas de conter a aluna. Embora a forma de contenção não possa parecer a mais adequada ao momento, é certo que foi a única possível, notadamente para uma senhora de 61 anos, já com mobilidade reduzida, observando que não havia intenção em “puxar o cabelo” da aluna e sim, em segurá-la, da forma que fosse possível, considerando que tal aluna já empreendeu fuga em outras oportunidades e colocou sua vida em risco.

O julgamento público ao qual CLEONICE está sendo exposta, é algo ilegal, excessivo e abusivo, na medida em que seu nome e sua imagem estão sendo achincalhados. Ou seja: Cleonice foi exposta, processada e julgada pelo público, por conta de informações que a colocam como uma criminosa, sem que sequer tenha sido apurada sua culpa. Sem que sequer, tenha sido trazida a público, a realidade e o contexto que ora, informa.

Por fim, a defesa informa que estão sendo adotadas todas as providências para que os excessos em reportagens e compartilhamentos, sejam apurados e penalizados pelo Poder Judiciário, que é deveras, o único órgão hábil a promover qualquer tipo de julgamento.

 Era o que havia a apresentar.

 Irati, 28 de maio de 2024.

 

ANA CAROLINA KASPRZAK ZARPELON BEDIM OAB/PR 43.216

 CAROLINE OLEINIK DO PRADO OAB/PR 96.943

CAMILA KUREK OAB/PR 116.602

ELIZA C. HILGEMBERG OAB/PR 103.101

FABRIZZIO MATTE DOSSENA OAB/PR 29.606